domingo, abril 26, 2009

Os limites da mentira na internet

Eu poderia começar esse texto falando sobre como a internet aumentou o contato entre as pessoas e como somos cada vez mais somos absorvidos por seus sites e pelas pessoas que acabamos “encontrando” nos “sites da vida”. Mas não, tenho certeza de que os leitores do Cidadão já sabem sobre tudo isso. Hoje eu vim aqui tentar falar (tentar mesmo porque, nossa, eu estou há horas tentando escrever, mas não sai nada dessa cabeça!) sobre como é fácil mentir aqui e como eu não concordo com isso.

Sempre antes de escrever sobre algo eu “jogo” o assunto no Google, para me atualizar sobre o tema e saber se as informações que eu tenho estão corretas. Bem, acabamos de nos deparar com a ponta do nosso tema: qual a garantia que tenho de que essas informações são realmente verdadeiras? Qualquer pessoa pode escrever sobre determinado assunto, divulgar na internet e colocar na pesquisa do Google. A partir disso tenho que montar critérios para julgar se determinada informação é verdadeira. No meu caso, olho se é um site conhecido, se é um artigo de alguma universidade, coisas assim. (um bom exemplo de site não-confiável é a Wikipédia)

Bem, quando você conhece uma pessoa e começa a ter um contato constante com ela acaba por adquirir certa afeição. Na internet não é diferente. Em sites de relacionamentos como o Orkut, existem comunidades nas quais você interage com as pessoas, fazendo amizades e até mesmo criando um grupo mais restrito (meus companheiros de blog sabem do que estou falando), o grande problema é que você não tem nenhuma garantia sobre o que a pessoa fala se é verdade ou não.

Muitos enxergam a internet como uma forma de escapar da sua vida real, veem aquelas outras pessoas como meros “bonecos”, ao sentarem na frente do computador encarnam um personagem, que não tem medo de falar o que pensa, que pode fingir ser um milionário, loiro, de olhos azuis, ou uma pessoa do sexo oposto, e com isso engana os outros, se diverte ao observar a reação de outros que acreditam no que o “outro” escreve. O problema que eu vejo é quando você mexe com o sentimento do seu interlocutor.

“De boas intenções o inferno está cheio”, e de más a internet também. Não vou falar aqui sobre os pedófilos, sequestradores, hackers, essas coisas, falarei sobre pessoas comuns que só querem passar o tempo.

É fato que você estando sem olhar nos olhos dos outros falar o que pensa é muito mais fácil, pessoas tímidas se soltam, puxam papo facilmente, até aí não vejo problema, eu por exemplo, depois que comecei a usar muito a internet perdi um pouco a minha timidez, hoje tenho coragem de ao menos tentar desenvolver uma conversa com uma pessoa aqui, da ‘vida real’. Vejo isso como um ponto positivo. O grande problema é quando uma pessoa fala mal de você sem se importar se você tem sentimentos ou não, esquece que existe uma pessoa de carne e osso por trás da tela, que pode se sentir ofendida com o que está lendo. Se divertir à custa dos outros, mesmo aqui, é errado.

Não vejo problema em criar um personagem em jogos como The Sims, por exemplo, e atribuir a ele características que você queria ter. É normal tentar se distrair um pouco e nesse caso você fingir ser algo não está envolvendo ninguém, não mexe com os sentimentos de outros, só com os seus. A questão é quando você cria um personagem ao interagir com outros, não em jogos on-line, porque neles é o “objetivo”, digo que é errado quando você está em um site de relacionamentos para conhecer pessoas novas e se maquia com características que não lhe pertencem.

Mexer com o sentimento dos outros é errado tanto na vida real como na virtual. Ser ignorante, egocêntrico, mentiroso ou trapaceiro na internet não impede ninguém de levar essas características para o convívio do dia-a-dia, uma vez que você ter certas atitudes e não enxergar resultados concretos lhe faz pensar que na sua vida ‘real’ pode ser assim também, você aos poucos vai perdendo a noção de limites.

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Desculpe-me pelo texto sem coerência e totalmente opinativo. Ajudem-no a ficar bom com a sua opinião, é só comentar.

2 comentários:

Gustavo disse...

Como diria a frase: "Internet is serious business". Acho que as pessoas deveriam pensar direito no que escrevem na Internet, e refletir se realmente teriam coragem de falar isso na vida real.

Todos nós estamos suscetíveis a erros no mundo virtual, mas acho que é um dever cada um se esforçar ao máximo para tentar não falar nada muito além do que falaria no mundo real.

Batsuman disse...

finalmente li.
fazia tempo que eu queria ler esse seu post e sempre esquecia hauhauhauahua

enfim..
quero comentar algumas coisas
vou enumera-las para ficar mais facil

1- "pessoa", vem de "persona", que significa... "máscara". Certa vez eu tentei debater isso com o Maia e não deu muito certo. Bom.. O fato é que querendo ou não interpretamos papéis, personagens. Seja na frente da família, de amigos, do chefe ou na internet. Isso é natural. O que não é natural é transformar seu "personagem" em algo que agride os outros e que distoa MUITO dos seus próprios princípios.

2- de fato as pessoas, ou pelo menos a grande maioria, não ve a internet como uma forma de comunicação como outra qualquer. "ah, conheceu fulano (ou fulanow rs) na internet? pfff" e ja torce o nariz.

3- eu ia falar sobre o que é ser real, mas não.. dexa pra la