sexta-feira, outubro 09, 2009

Originalidade nos games


Olá pessoal, tudo bem?

Pois é, estive ausente do blog por um tempinho. Mas não foi por ser folgado (apesar de ser folgado bagarai), e sim porque eu mudei... de cidade.

E se você já teve que mudar de cidade na sua vida sabe a bagunça que isto trás.

Enfim, vocês não vêm para o blog esperando ver um diarinho da minha vida, e sim para lerem os artigos.

E hoje eu venho falar de um tema que muito se discute na comunidade gamer: a falta de originalidade nos jogos atuais.

Muita gente tem reclamado que existe uma falta de sangue novo, de novas franquias e todo jogo que temos visto ultimamente parece ser uma mistureba maluca que consegue apenas prender a sua atenção por um tempinho.

E eu devo perguntar para estas pessoas: vocês estão em qual planeta?

Nas últimas duas gerações, nunca tivemos tantas inovações, tantas formas diferentes de se jogar e mil maneiras diferentes de matar uma pessoa digital foram inventadas! Quer saber por quê? Clica no “postagem completa”.

Sim, os gamers são sádicos.

Ah, não espere ver uma lista de games do Wii.



Não irei negar que temos um monte de jogos que são clones descarados dos outros. Um bom exemplo são jogos estilo FPS que se vendem como “Halo Killer”, ou os milhares de clones que Gears of War nos trouxe.

Mas seria muito ingênuo da minha parte (ou ser muito alienado, ou fazer parte da geração ‘massa véio’) achar que todos os jogos se resumem a ter uma pistola ou uma espada na mão e sair por aí espalhando miolos pelas paredes. Graças a Internet (Serious Business) programadores independentes tem a oportunidade de divulgar seu trabalho e assim podemos ter experiências únicas, como a que tive ao jogar “Today I Die”, que você pode jogar clicando aqui.

“Mas Thyago, seu gordo safado, isso daí é um joguinho curtinho que apesar de ser legalzinho, não é feito para os consoles, seu indie sem vergonha!”

Reconheço que o jogo, apesar de brilhante na sua execução, é curto e apenas vai durar no máximo 10 minutos. Mas temos vários exemplos de jogos até mesmo conhecidos, mas um tanto ignorados pelos gamers.

Gráficos diferentes e mudanças no gameplay já acontecem a um bom tempo



Um bom exemplo disso é Okami, que saiu para PS2 e que depois teve um port para o Wii. O jogo possui um visual único em toda a geração, apresentando-se como um quadro pintado à nanquim.

Além disto, você pode interagir com o cenário como se fosse um pintor, resolvendo quebra-cabeças e até mesmo utilizando esta ferramenta durante as batalhas, desenhando bombas ou fazendo “cortes” nos inimigos.

É um resumo bem superficial do que é possível de se fazer neste game. Se você o deixou passar, corrija este erro imediatamente.

Outro jogo que foi lançado até mesmo recentemente e que fez a cabeça de muita gente explodir foi Scribblenauts. Um game que permite você usar qualquer coisa que escreva num tecladinho para solucionar o problema de qualquer fase. Por exemplo, tem uma estrela em cima de uma árvore, você pode escrever a palavra "castor" e um castor irá aparecer, derrubar a árvore e deixar a estrela ao seu alcance, ou você pode escrever "máquina do tempo", voltar para a era dos dinossauros, pegar um pterodáctilo, voltar ao presente e voando nele pegar a estrela em cima da árvore. As possibilidades são praticamente ilimitadas.

E eu até comentaria sobre o aclamado Braid se eu já tivesse pegue ele. Me chamem de herege.

Originalidade no roteiro também é fato


Temos também um jogo criado pelo brilhante Tim Schafer (cujo game mais recente é Brutal Legend) chamado Psichonauts. Neste jogo, você controla Raz, um jovem que entra no acampamento para jovens com poderes psíquicos e daí passa a entrar na mente de loucos em busca de saber quem está roubando os cérebros dos seus amigos. Durante o game, ele vai recebendo mais poderes, como o de causar combustão espontânea ou de gerar mãos imaginárias que podem carregar diversos objetos para onde bem entender.

“Mas Thyago, eu li um livro do Machado de Assis e eu quero um jogo com tanta profundidade no seu roteiro quanto eu encontrei nos livros dele.”

Bem, isto me lembra uma questão levantada pelo Anthony Burch do site Destructoid uma vez no seu quadro semanal, o Rev Rant. Nele, ele disse que os games precisam de um jogo com uma história e com uma narrativa que consiga realmente revolucionar os games como o filme “Cidadão Kane” revolucionou o cinema na época.

Passado algum tempo, um produtor da indústria de games cujo nome não lembro agora respondeu ao Anthony, dizendo que realmente era uma idéia interessante e que vontade para que algo deste tipo fosse feita não faltava. Muitas vezes, ele se encontrava com seus colegas e discutiam as variadas idéias que eles tinham no roteiro , como apresentar ao jogador um game diferente da forma já tão convencional.

“Uau Thyago, e estão realmente fazendo algo assim? Que jogo este cara está trabalhando?”

Calma, deixem eu terminar. No final da conversa, eles sempre jogam fora estas idéias porque elas mostraram que o jogo se tornaria CHATO PRA CARALHO. Provavelmente, as pessoas ao terminarem este jogo iriam para a internet e ficariam de mimimi dizendo “waaaah, aquele jogo é muito chato pow, prefiro uígui elévi!”.

Não se esqueçam que games, filmes e livros são mídias que, apesar de apresentarem muitas semelhanças, são entretenimentos bem diferentes. Às vezes, é melhor que Kefka continue tendo seu trabalho limitado apenas aos livros. Claro, sempre existe a chance da EA pegar o trabalho do cara, colocar tudo com uma roupagem massa-véio e lançar o game. Depois que eu fiquei sabendo que eles estão fazendo um jogo do Jack Estripador em que ele é o mocinho da história e que está salvando a vida das pessoas lutando contra demônios, não duvido de mais nada.

Claro, eu entendo a mensagem que o Anthony quis passar quando ele abordou este assunto neste vídeo, do quanto é importante os games começarem a realizar novas abordagens sobre a natureza humana e concordo com ele também no fato de que 95% dos games não passa de um banho sanguinário macho-man, mas hey, games custam caro para serem produzidos e convenhamos, um jogo produzido assim teria um público muito pequeno e ainda assim nem todos iriam comprar ele.

É um ponto que seria interessante ouvir a opinião de vocês nos comentários ;]

Fórmulas antigas sempre funcionam, se bem executadas


É importante lembrar que não é necessário um game revolucionar sempre que ele é lançado para que ele seja realmente bom. Tomemos como exemplo Uncharted 2, que saiu recentemente para o PS3. O game não tem nada de novo no seu gameplay e sua história é bem, digamos, previsível em vários pontos. Mas ainda assim, ele executa cada coisa com tanta perfeição que se tornou um dos melhores games lançados em toda a geração. Claro, tomara que ele não seja um exemplo a ser seguido sempre, afinal falta a ele um pouco de identidade própria, já basta a quantidade absurda de clones que Gears of War gerou.

Dê chance a jogos que não estão recebendo tanto hype


E finalizo dando o seguinte aviso a todos os leitores gamers do blog: não existe apenas Halo, Killzone ou Gears nesta geração. Tem muitas franquias novas sendo lançadas e que deveriam merecer o mínimo da sua atenção, como por exemplo Venetica, que se trata de um Action-RPG em que a protagonista é nada mais nada menos que a filha da morte. O game promete ter um sistema de combate muito interessante e variado, além de ter uma história bem diferente do convencional. Você pode conferir um trailer do game aqui.

Enfim, por enquanto é só, até a próxima pessoal!

“Mas Thyago, você disse no seu artigo passado, a eras atrás, que iria falar dos games de PC que foram importantes para você!”

Bem... erm...

PUTA MERDA! OLHA ATRÁS DE VOCÊ!

*desaparece*

4 comentários:

D1eg00 disse...

pow sem games originais???
quem acha isso e miope
o pessoal esquece que tem muitos jogos interessantes e que ninguem quer jogar
por exemplo eu comprei mirror edge
jogabilidade muito interessante e quase nem vendeu
o pessoal gosta so de pancadaria e se esquece

D1eg00 disse...

dos outros que naum estao muito em evidencia ou que naum sigam certos padroes XD

Kamila disse...

Eu sou um zero à esquerda no que diz respeito ao conhecimento em games! rsrsrsrsrrsrss

Thyago disse...

ahhh kamila, isto é algo q pode ser corrigido facilmente :P