sábado, abril 18, 2009

Safadezas das Softhouses!



Hoje eu irei falar das companhias de games, as Softhouses.
E vamos logo a um fato: não existe nada mais safada do que uma softhouse. Elas não querem "agradar os fãs", elas querem é sugar cada centavinho que você tiver no bolso. E caso você comece a gostar de algum joguinho delas, meu amigo, devo dizer que você está mais fudido do que puta em quarta-feira de cinzas, já que agora eles farão de tudo para retirar até o dinheiro do leite das crianças.

Querem saber como? Eu explico.



PAGAR POR ALGO QUE VOCÊ JÁ TEM

Esta é a geração do DLC. Caso você não saiba o que seja DLC, ele significa "Downloadable Content", que é um conteúdo extra que você baixa pelas redes onlines dos consoles ou por sites, caso você utilize um PC para jogar. Este conteúdo extra para os jogos pode ser variadas coisas, como cenários novos, roupas para seu personagem, fases extras, modos de jogo, enfim, há uma grande quantidade de coisas para se fazer com um DLC.

Porém, algumas softhouses, como a CAPCOM e a Bandai-Namco, resolveram avacalhar com isto. Como? Fazendo você pagar por um conteúdo que você já tem no disco que está o seu jogo. Para ter acesso a ele, você precisa baixar uma "chave" que destrava aquele conteúdo, e eles cobram por ela. Sim, você está pagando para usar algo que já tem. Exemplos disso?

O modo "versus" de Resident Evil 5, jogo lançado pela CAPCOM já está no disco, não é necessário baixa-lo. Tudo o que você faz é baixar uma "chave" que destrava este modo e para isto é necessário desembolsar 400 MS points (que é a moeda virtual da LIVE, rede online do Xbox 360), que são aproximadamente US$5,00.

Já a Bandai-Namco fizeram uma feladaputice bem bonitinha. Quando Soul Calibur 4 foi anunciado, a notícia que recebemos foi que o Darth Vader seria exclusivo da versão do PS3 e o Yoda seria exclusivo para o Xbox 360. Pouco tempo antes do lançamento do jogo, anunciaram que estes personagens extras estariam disponíveis para download, o que não foi nenhuma surpresa. Mas agora que vem a jogada: o personagem JÁ ESTÁ NO DISCO, você nem sequer precisa baixá-lo, você só realiza o esquema da chave dito anteriormente.

Calma, os DLC's ainda têm mais um lado podre, que irei falar a seguir.

RETIRAR FASES ORIGINAIS DO JOGO PARA DISPONIBILIZÁ-LOS NAS REDES ONLINE


(cada vez mais perto de ir pro buraco...)

A algum tempo atrás, foi lançado o mais recente jogo da senhorita Lara Croft, o Tomb Raider: Underwolrd. Ele era um jogo mediano e se não fosse por um detalhe passaria despercebido pela maioria das pessoas: uma das pessoas que trabalharam no desenvolvimento do jogo declarou em uma entrevista que o "jogo original" havia sido alterado e uma de suas fases RETIRADAS para disponibilizá-las como DLC algum tempo depois.

Bem, imaginem que você foi com o pessoal para o cinema, pagou a entrada e está assistindo o filme. Então, enquanto você assiste o filme, vai notando vários furos no roteiro, cenas sem conexão, enfim, coisas que aparecem em filmes da Carla Perez. Depois do filme ter terminado, você fica sabendo que várias cenas extras essenciais para a trama foram deletadas e caso você queira ver precisa pagar alguns trocadinhos a mais.

Sim, eu sei, já fazem isto com vários filmes de "colocar cenas a mais" quando ele sai em DVD, mas convenhamos que quase nunca é algo realmente relevante para o filme, é apenas algo para os fãs verem. Mas não foi isto o que aconteceu com Tomb Raider, infelizmente.

SEQUÊNCIAS QUE NÃO SÃO SEQUÊNCIAS



Tem uma coisa que toda softhouse japonesa safada gosta de fazer: sequências. E como todos fazem sequências das suas franquias de sucesso, todas são extremamente safadas. Não vou negar que os próprios gamers PEDEM as sequências, muitas vezes, afinal, um novo jogo daquela franquia pode significar novas possibilidades na jogabilidade, novas formas de ver a história do jogo (quando o mesmo se dá o trabalho de fazer uma que valha a pena dar a atenção), enfim, existem muitas vantagens de termos uma sequência, teoricamente.

O problema é quando começam a apelar.

"Como tio Thyago? Você mesmo disse que sequências são legais!"

Bem, as softhouses repararam que muitos gamers gostam da história dos seus jogos e se importam como elas se desenvolvem. Com isto, eles lançam vááááários jogos que possuem uma relação direta ou indireta com a história principal da série. O problema que em vez de desenvolver a mesma, tudo o que temos é uma bela de enrolação num chove-não-molha cheio de cenas e situações clichês, como protagonistas que se apaixonam e ficam com timidez de deixar seus sentimentos mais claros. Coisa de japonês cabaço.

E o exemplo que irei citar conseguiu ao mesmo tempo fazer uma "sequência" que realmente irá adicionar algo a história e outra que é apenas um caça-níquel safado e com uma história com mais chove-não-molha: Kingdom Hearts.

Enquanto temos uma "prequel" (é um jogo que conta uma história que acontece antes dos acontecimentos dos jogos anteriormente lançados) no PSP, que é a Birth by Sleep e aparentemente irá esclarecer os buracos deixados no Kingdom Hearts 2, temos o Kingdom Hearts 358/2 Days, que se passa ENTRE o Kingdom Hearts 1 e 2. O jogo ainda não saiu, mas garanto que serão eventos que poderiam ser explicados numa cutscene durante o segundo jogo da série. Como eu disse, é apenas mais um caça-níquel, pois JÁ TEM UM JOGO QUE CUMPRIU ESTE DEVER. Sim, estou falando de Kingdom Hearts: Chain of Memories.

Aliás, falar dos próximos jogos da série Kingdom Hearts abre espaço para falar de um outro assunto mais a frente.

Agora se tem uma franquia que NÃO tem uma sequência mesmo (com algumas raras exceções e quando isto acontece temos jogos que são verdadeiras merdas fumegantes) é Final Fantasy. Nenhum jogo da série é relacionado com o outro, nem sequer os outros jogos da franquia são mencionados entre eles. Você pode simplesmente chegar e jogar um Final Fantasy qualquer sem se preocupar de ter jogado os outros.

Enquanto que por um lado isto é bom, me tirando a obrigação de jogar um jogo para entender o enredo do próximo (e isto num RPG é algo vital), por outro faz surgir a pergunta: por quê diabos eles simplesmente não fazem outras franquias a partir destes jogos? Se o enredo não tem nada a ver, nem a história e nem o ambiente, como é que elas podem ser uma sequência? Isto é nada mais do que ganhar dinheiro em cima de uma franquia de sucesso.

Se isto não é uma baita safadeza, Bruna Surfistinha é virgem.

LANÇAR SEQUÊNCIAS EM PLATAFORMAS DIFERENTES


(Kingdom Hearts é especialista neste assunto...)

Não existe nada pior para um gamer do que saber que um jogo foi anunciado e que não poderá jogar ele por não ter o console daquele jogo. E eu fico cada vez mais irritado quando escuto notícias de franquias que eu gosto e elas têm seus jogos lançados para plataformas que não possuo. Não sei você, mas eu tenho que escolher se terei um portátil ou um console, não tem como eu comprar os dois. Daí, me aparece a Square-Enix e começa as safadezas. Ela lança Final Fantasy: Christal Chronicles para o Nintendo DS e Final Fantasy: Dissidia para o PSP e, a algum tempo atrás, lançou o Kingdom Hearts: Chain of Memories para o GBA e que realmente servia de ponte entre o primeiro e o segundo jogo da série.

Repararam que em poucas linhas falei de 2 jogos diferentes da mesma franquia lançados para 2 plataformas diferentes? E se eu tiver o interesse de jogar TODOS os jogos da série Kingdom Hearts, eu precisaria pelo menos ter um Playstation 2, um GBA, um Nintendo DS e um PSP. Me desculpem softhouses, mas eu também tenho outras coisas para gastar meu querido dinheirinho.

É claro, isto tudo são formas dessas softhouses conseguirem mais dinheiro, alcançando o maior público possível. Coisa de gente safada mesmo!

ACESSÓRIOS OBRIGATÓRIOS



E encerro com um pequeno desabafo. Eu adoro jogar Guitar Hero. Sério, passo horas e horas jogando sem parar esta coisa.
Porém, como diria o narrador do Joseph Climber, "a vida é uma caixinha de surpresas", e numa bela manhã de sol a Actvision resolveu que ninguém mais poderia jogar Guitar Hero sem ter pelo menos o controle-guitarra. Isto ficou resolvido desde o Guitar Hero: Aerosmith e desde este Guitar Hero que não compro jogos novos da franquia. Sim, eu parei no Guitar Hero 3.

Mas daí você chega e diz: "Mas Thyago, seu gordo safado, compra a guitarra!", e eu respondo que gostaria MUITO de comprar, se não fosse o pequeno detalhe dela ter seu preço bastante inflacionado nas terrinhas brasileiras, então em vez de comprar a guitarra eu acabo comprando outros jogos. Não me entendam mal, eu já planejava comprar de qualquer forma esta guitarra desde o dia que joguei o primeiro Guitar Hero, mas é uma tremenda SACANAGEM quando você é obrigado a comprar um acessório para jogar. Todo e qualquer jogo deveria ser criado pensando no controle que já acompanha o videogame. Já pensou se todo jogo tivesse seu acessório obrigatório?

Bem pessoal, estas foram as sacanagens que consegui me lembrar, caso vocês saibam de mais algumas, digam aí nos comentários.
Até!

6 comentários:

Unknown disse...

Como sempre, adoro seus textos, Thy!

Pra mim as maiores sacanagens são:

* As de seqüências em plataformas diferentes, fazendo com que você não possa jogar alguns games de suas séries favoritas por não ter outros consoles.

* Os tais acessórios obrigatórios. ¬¬º

O caso dos DLCs hoje em dia também está uma baita sacanagem! Você ter de comprar conteúdo que já vem no jogo, precisando pagar pra destravá-los é abusar do consumidor! Deviam criar uma lei regulamentando isso lá fora. =P

Agora, uma coisa que eu discordo é o que você disse da série Final Fantasy... não acho que deviam lançar mais e mais franquias com nomes diferentes. Na verdade acho bem legal essa proposta que a Square inventou, de jogos diferentes e não seqüenciais, mas dentro do mesmo universo de estilo (estilo de jogabilidade, de narrativa, etc). A cada jogo, uma nova "fantasia", mas com moldes parecidos. xD

E seria safadeza se quisessem se sustentar apenas no nome da franquia, decaindo a qualidade a cada título novo. Mas não, eles tentam sempre se superar e ir elevando o nível. =)

Thyago disse...

uma sequência possui esta obrigação bebs, ainda mais se tratando de games.

o problema é q no caso de final fantasy um NÃO TEM PORRA NENHUMA a ver com o outro XD

Carlos disse...

So novo aqui mais eu tenho que expressar minhas opiniões, pois seu post foi muito bom Thyago >.<, quando eu comprei o guitar hero novo lah pra ps2, eu vi que tinha que ter pelo menos uma guitarra que custa uns 200R$ só pra joga aquela bosta...fis igual o que você disse, parei no GH3, coisa de ladrão faze isso com os jogos, utensílios somente para jogar aquele jogo e sem ele não poder jogar...outra sacanagem com os fans de jogos são os consoles, bah isso é muita sacanagem.O cara fica doido pra joga, vê os efeitos inimagináveis, ai o cara vai vê quanto custa o console pro jogo...se decepciona e pensa "bah..nunca vo pode joga esse jogo que eu tanto queria..." fico puto quando isso acontece, dai o cara tem que espera quase 10 anos pro preço fica acessível para os mais pobres, como nos que não temos dinheiro para comprar o ps3 e nem os seus jogos pois custam uma barbaridade...alem de comprar um "extra" em cada jogo...

Thyago disse...

na época do "guitar hero aeorosmith", não compensava comprar a guitarra, mas hoje compensa de certa forma.

temos já outros 3 games da franquia, além do fato de que a guitarra do guitar hero ser compatível com os jogos do rock band tb.

hoje ATÉ QUE COMPENSA, mas ainda assim é um gasto de luxo, afinal, é um controle que nao usarei em sequer 10 jogos.

Unknown disse...

E qual o problema não terem nada a ver um com o outro? É justamente isso que acho legal!

Em vez de "Final Fantasy" ser um mero "título" para uma série fechada com várias continuações ou enredos interligados, é um "universo", com inúmeras possibilidades!

A Square quebrou essa obrigação do título/série representar algo restritivo, e transformou em algo abrangente! É bom libertar a mente e desconstruir conceitos antigos... porque algo só pode ser série se uma continuação tiver a ver com a outra??? hahahahah xD

Thyago disse...

pq... bem... isto q define uma série? :P